Literatura é mostrar conchinhas.

A literatura não permite caminhar, mas permite respirar.

A literatura é uma saúde.

A literatura é um assunto sério para um país, pois é afinal de contas o seu rosto.

A literatura é uma defesa contra as ofensas da vida.

A literatura é um luxo; a ficção é uma necessidade.

Literatura é que nem mulher: quando não presta, nem vale a pena perder tempo.

A literatura é o resultado de um diálogo de alguém consigo mesmo.

Literatura: todos os seus géneros são bons, excepto o aborrecido.

A literatura, como toda a arte, é uma confissão de que a vida não basta.

A literatura é sempre uma expedição à verdade.

A literatura antecipa sempre a vida. Não a copia, molda-a aos seus desígnios.

A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida.

A literatura é o vinho da vida, mas não pode ser o seu alimento.

Literatura é a linguagem carregada de significado.

Literatura é liberdade.

A história é apenas uma série de crimes e desgraças.

Não faz parte da minha cultura guardar notas. Nunca ouvi falar de um escritor que preservasse os seus primeiros rascunhos.

A alma dos imperadores e dos sapateiros são tiradas do mesmo molde.

Contemplava-o por todo o tempo que não vira, impaciente como sempre de verificar a imagem que dele fizera durante a ausência. E, como sempre, a imaginação superava a realidade.

Como se através de uma janela aberta num quarto abafado soprasse de repente um ar fresco do campo, a

A memória é o essencial, visto que a literatura está feita de sonhos e os sonhos fazem-se combinando recordações.

Amargo, amargo, esta é a palavra mais importante. Como tenciono eu soldar fragmentos uns aos outros numa história que tudo arrasta consigo?

Alguém se espantava com o facto de andar com facilidade pelo caminho da eternidade; na verdade, ele percorria-o para baixo.

A sua resposta à afirmação de que talvez tivesse posses, mas não existência, foi apenas tremor e taquicardia.

Hei-de por força dizer o que me parece, visto que sou eu.

Haja ou não deuses, deles somos servos.

Um romancista é constituído por um observador e por um experimentador.

Os governos suspeitam da literatura porque é uma força que lhes escapa.

Não era um grito de fome que rolava com o vento de março através destes campos nus? As rajadas do vento haviam aumentado e pareciam trazer consigo a morte do trabalho, uma escassez que mataria muitos homens. E, com os olhos errando de um ponto a outro, ele se esforçava por furar as sombras, atormentado pelo desejo e pelo medo de ver.